Selva, favela, carnaval... Veja jogos que foram inspirados no Brasil


O nosso país está em evidência cada vez maior na cultura pop mundial. Filmes, séries de TV, quadrinhos, músicas e várias outras produções artísiticas internacionais têm buscado inspiração no Brasil. E é claro que os videogames não poderiam ficar de fora. Montamos uma seleção de jogos que se basearam no Brasil para criar fases, itens, ambientação, cultura e cenários únicos para o seus personagens. Alguns autênticos, outros genéricos e com estereótipos, mas sem dúvida divertidos.
O Brasil é quase sempre mal representado nos games (Foto: Divulgação)O Brasil é quase sempre mal representado nos games (Foto: Divulgação)
Mas não pense que esta inspiração é um fenômeno recente. Pouca gente sabe, mas o nome de Samus Aran, heroína da série Metroid, foi inspirado no de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé! Além disso, vários jogos de luta e ação possuem personagens brasileiros há anos, como já listamos antes. Confira o top 5 games que foram inspirados no Brasil:
5 – Max Payne 3 (PS3 / Xbox 360 / PC)
O primeiro item da nossa lista é também o mais recente. No mais novo game da série de tiro em terceira pessoa, Max Payne, policial aposentado de Nova York, se muda para a cidade de São Paulo em busca de redenção. É claro que, na maior cidade do Brasil, ele só encontra mais confusão. Max é segurança da família de um grande empresário da cidade, e quando eles são alvo de gangues, o ex-detetive terá que sujar suas mãos novamente.
Max Payne e a visão da Rockstar sobre São Paulo (Foto: Divulgação)Os cenários de São Paulo em Max Payne 3 são bem detalhados (Foto: Divulgação)
Embora seja uma versão fictícia, a cidade de São Paulo ficou razoavelmente bem representada no título. Desde placas em português por toda parte até objetos nos cenários estão bem detalhados e típicos dos costumes brasileiros. Brigas de gangues nas favelas, desigualdade social e nossa paixão pelo futebol estão presentes. Felizmente, a Rockstar conseguiu vários dubladores brasileiros para diversos papéis do jogo. Há alguns sotaques estranhos, é claro. Mas o jeito totalmente coloquial de falar do brasileiro está lá, com gírias divertidas e muitos palavrões.
4 – Call of Duty: Modern Warfare 2 (PS3 / Xbox 360 / PC)
O mesmo carinho e dedicação para recriar uma cidade brasileira nos videogames não pode ser usado para descrever Modern Warfare 2, sequência de um dos melhores games de tiro desta geração. A cidade maravilhosa do Rio de Janeiro é cenário de duas missões do jogo, nas quais os jogadores devem capturar o contrabandista de armas Alejandro Rojas (que, apesar do nome hispânico, é brasileiro). As missões são de invasão e fuga de uma grande favela carioca.
Modern Warfare no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)Modern Warfare no Rio de Janeiro tem uma boa ambientação visual (Foto: Divulgação)
Apesar da posição impossível na cidade, encaixada entre o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, a favela em si possui uma boa ambientação visual. Mesmo assim, o jogo peca em alguns detalhes, principalmente na caracterização de Rojas e da sua milícia, que falam em português perfeito e algumas vezes misturam expressões em inglês. Mesmo tendo “capangas contratados”, é estranho pensar em como Rojas se estabeleceu tão bem em uma favela carioca sem envolvimento com o tráfico de drogas.
3 – Samba de Amigo (Dreamcast / Wii)
Samba é o maior dos ritmos musicais tipicamente brasileiros. E embora Samba de Amigo seja um dos games de música e ritmo mais divertidos, se inspira em uma visão cheia de estereótipos sobre o Brasil, e que inclui muito pouco samba tradicional. Embora apresente a alegria, as cores e as fantasias do carnaval de rua brasileiro, o jogo é muito mais sobre ritmos latinos, principalmente o mambo e a salsa. Por causa disso, os controles do jogo são na forma de maracas.
Samba de Amigo, o mais carnavalesco game da Sega (Foto: Divulgação)Samba de Amigo, o mais carnavalesco game da Sega (Foto: Divulgação)
Assim como em outros games de ritmo, as maracas devem ser “tocadas” de acordo com símbolos que correm na tela, em três alturas diferentes. O personagem principal é Amigo, um simpático macaquinho que usa um sombrero (!), famoso pelas suas habilidades com as maracas. Dentre os demais personagens, temos Linda, uma passista de escola de samba, e Rio (!!), um ídolo pop nacional. Para completar a (des)caracterização, só há uma música brasileira: “Mas que nada”, de Jorge Ben Jor.
2 – Street Fighter (Vários)
Sabemos que há dois lutadores do Brasil da franquia, Blanka e Sean. Suas origens (e nomes) são controversos por si só, mas e os seus cenários? A franquia Street Fighter é cheia de esterótipos graves com a nacionalidade dos personagens, e SF2 mostrou os piores. Foi também o único jogo da série que apresentou – de fato – um cenário para cada lutador, e o do Blanka (que não é, realmente, brasileiro) mostra o que parece ser uma típica vila de ribeirinhos às margens de um rio na Amazônia.
Street Fighter 3 no porto de Santos (Foto: Divulgação)Street Fighter 3 no porto de Santos (Foto: Divulgação)
Já Street Fighter 3 traz dois novos cenários no Brasil. O primeiro, de 2nd Impact, é baseado no que seria uma avenida da cidade de São Paulo, parada pela luta que está acontecendo no local. O outro, de 3rd Strike, é inspirado no movimentado porto da cidade de Santos, mostrando um carregamento de café brasileiro e até um cargueiro com a bandeira do país. Street Fighter 4, por sua vez, oferece mais um cenário na floresta amazônica, em duas versões: durante o dia e à noite.
Parece estranho, mas nome da Majora’s Mask, e a cultura de máscaras do segundo Zelda do N64, foi inspirado pelo artesanato Marajoara. A Ilha do Marajó, no Pará, possui uma cultura rica em vasos e máscaras de cerâmica indígena. Há várias analogias no jogo a obras da tribo Marajorara, como os rostos dos quatros gigantes despertados nos "dungeons" do jogo (que protegem o reino de Termina da queda da lua do céu), até o rosto da réplica “vazia” de Link, criada com a canção Elegy of Emptiness.
Marajoaras em Majora's Mask (Foto: Reprodução / Did you know Gaming?)Marajoaras em Majora's Mask (Foto: Reprodução / Did you know Gaming?)
A Elegy of Emptiness cria cópias de Link também na forma de Deku, Zora e Goron, outras raças deste universo. Estas réplicas lembram também as esculturas antropomórficas marajoaras. As máscaras presentes, a arquitetura e a decoração das casas dos habitantes de Clock Town, em Termina, também são fortemente influenciados por esta arte. Mais Brasil: vale lembrar também que uma das canções aprendidas para a ocarina se chama New Wave Bossa Nova, ensinada pelos Zoras.

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